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Em dez meses, Hospital de Base realizou 49% a mais de cirurgias eletivas em relação a 2018


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As cirurgias eletivas,  são aquelas  agendadas e sem caráter de urgência, apresentaram um crescimento de 49% de janeiro a outubro deste ano comparado a todo ano de 2018. Com isso, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) realizou 11.570 cirurgias em números parciais em 2019. Em 2018 foram 7.903. As cirurgias acontecem no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro (HBAP). O maior volume de cirurgias foi na especialidade de ortopedia (3323), seguido da oftalmologia (2078).

Chegar a este resultado não foi fácil e exigiu bastante da equipe tanto administrativa quanto dos especialistas no HBAP. É o que explica o secretário estadual de Saúde, Fernando Máximo, que entre as barreiras encontradas ao assumir a gestão encontrou a falta de material para algumas especialidades como: cardíaca e bucomaxilo, além de equipamentos quebrados.

“Assumimos o ano sem material comprado para cirurgias cardíacas, nós entramos em contato com o dono da empresa que ganhou a licitação para pedir que enviasse rapidamente, antes do prazo, o material para que as cirurgias não parassem e, mesmo assim, ainda realizamos mais procedimentos desta especialidade do que todo o ano de 2018.”

O secretário também pontua que o mesmo aconteceu em relação aos procedimentos de bucomaxilofacial. “O processo de licitação demorou quase dois anos, sofreu impugnações e o material foi entregue em julho e todos os pacientes que aguardavam, tanto no HBAP como no JPII, foram operados.”

Mesmo com algumas dificuldades, o número até o final do ano deve chegar a 65% a mais no total de cirurgias. Para isto, algumas estratégias foram adotadas pela Sesau como: contratação de uma empresa terceirizada para realização do mutirão de cirurgias de catarata. E também o corujão de cirurgias pediátricas no período noturno no Hospital de Base.

Também foi contratado um hospital para realização de cirurgias de cálculo renal de urgência para suprir a demanda até que o procedimento se normalizasse no Hospital de Base, o que aconteceu depois que um novo equipamento para realização do procedimento foi comprado pela secretaria.

“Fechar o ano com aumento de 65% depois de enfrentar tantas dificuldades que tivemos quando assumimos a gestão em janeiro, com orçamento do ano passado, e um déficit enorme, significa que estamos no caminho certo, não resolvemos tudo, as filas são grandes, mas estamos trabalhando para isto”, destaca o secretário da pasta.

E para fechar o ano, a boa notícia é a compra de um novo equipamento, angiógrafo, para a hemodinâmica, o equipamento realiza procedimentos diagnóstico e terapêutico nas áreas cardiovascular, neurovascular, arteriografias abdominal, membros e cerebral. A  Sesau abriu o processo para compra com recurso próprio. O equipamento custa mais de R$ 3 milhões.

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